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Planeta Resenha DC: Homem Animal e a dor da perda

Após nos despedirmos da revista “Dark” na sua edição #16, muito se pediu para que a Panini não abandonasse os personagens que se tornaram tão queridos nos Novos 52, no caso o Monstro do Pântano e Homem Animal. No mês de março tivemos um encadernado do Verdão da DC e agora Buddy Baker ganha sua chance em um encadernado de arrancar lágrimas dos leitores.

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Partido do pressuposto que vocês leram as histórias que se passavam na “Dark”, sabemos que o filho de Buddy, Cliff, foi morto em meio à guerra contra a Podridão. Este acontecimento ocasionou em uma cisão imensurável na família Baker. Ellen manda seu marido embora de casa e partirmos deste acontecimento para o início da história.
Ficha Técnica:
Homem Animal #1 – Espécie Anormal
Roteiros: Jeff Lemire
Arte: Travel Foreman, Steve Pugh, Francis Portela,  John Paul Leon
Cores: Lovern Kindzierski
Editora: Panini Comics
Preço: R$ 18,90
(Publicado originalmente em “Animal Man Vol.2 #19-#23” e “Animal Man Vol.2 Anual #2”)
Fora do padrão
A lei natural é um filho enterrar um pai assim como ele viu seu avó perecer. Nesta parte da história que está passando em Homem Animal, encontramos Buddy Baker no limite da razão. Seu filho Cliff Baker foi o pagamento pela vitória que o Vermelho e Verde tiveram sobre a Podridão. Neste exato momento também começamos a ver a ascensão do personagem, já que ele acaba se tornando uma figura pública importante e discutida nas redes sociais.
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Durante a leitura da história vamos ver Buddy tentando juntar os cacos de sua vida e quebrando seu vínculo com o Vermelho, assim deixando de ser um avatar desta força da natureza. Ao mesmo tempo vamos ver a inocente Maxine indo até o centro do Vermelho e desenvolvendo ainda mais seu poder. A pequena garota, acha que pode ressuscitar seu irmão facilmente, porém entenderá a duras penas que nem tudo é tão simples quanto parece, além de entrar em uma viagem fantástica com a tripulação do navio Peixe-Boi Pintado que tem uma girafa capitão, um papagaio e outros animais como marujos.

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Vale destacar que a história fechada que se passa no anual que está no encadernado é muito boa. Ela exalta o companheirismo entre pai e filho, além de nos lembrar que em muitas famílias seu primeiro Super Herói é seu pai. Acho que grande parte dos leitores irá se identificar com este conto que para mim é que mais se sobressai na revista.
O interessante é notar que novamente Jeff Lemire nos entrega uma história sobre família bem real, já havíamos visto seu trabalho com Sweet Tooth e como ele consegue escrever de forma tão serena e ao mesmo tempo de forma tão verossímil histórias fantásticas que se ambientavam no cotidiano dos leitores.
Quando Grant Morrison redefiniu o personagem como um herói que era casado e tinha filhos, acabou por mostrar que essa dinâmica funciona muito bem com Buddy. Consigo ver Lemire respeitando tudo que o careca definiu em suas histórias e não desmerecendo boa parte das coisas que começaram a fazer parte do cânone do Homem Animal. O roteirista ainda adiciona um novo vilão para o personagem, o Irmão Sangue, que acaba deixando um gancho bem interessante para as edições que vão estar no próximo encadernado.
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Outro ponto que vale destacar é como o roteirista gosta de utilizar o twitter nas suas histórias. Ele mostra a importância que Buddy recebeu após a morte de Cliff nesta ferramenta. Neste ponto da narrativa o Homem Animal se torna uma celebridade que tem paparazzi e seguidores comentando sua vida pessoal abertamente, como um grande reality show.
Nos desenhos, Travel Foreman, Steve Pugh e John Paul Leon entregam bons traços, com cenários bem feitos e que se aproveitam da imaginação de Buddy e Maxine para as partes dentro do Vermelho e nas aventuras do Homem Animal. Cenas estão bem encaixadas e conseguem contar uma boa história de terror, com alguns escorregões de feições de um quadro para outro e problemas estéticos. Porém nada muito grave.
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Uma boa história de aventura, terror e de família, é isso que você encontra em Homem Animal – Espécie Anormal.  Aproveite o fechamento do arco para se ambientar com o que há de vir, já que Rafael Albuquerque entra nos desenhos e a redenção de Buddy logo vai começar… Entretanto isso fica para outra resenha.

Por Pablo Sarmento

Fonte: Terra Zero

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1 Comentários

  1. até leio e releio a revista do Homem Animal Mestre dos Lobos! ele passou por várias"transformações"pelo que eu já vi por aí!(eu prefiria ele com aquela jaqueta e com o visual antigo!) não sabia que o Cliff tinha sido morto por esse Podridão(acho que vi esse vilão em uma revista do Frankestein Agente das Sombras?!). o apainel "alucinogeno"da Maxine é interessante! até o Paparazzi persegue o Budy!! na revista que eu tenho ele matou"sem querer"todos os animais do Zoo de San diego e os "reporters" tavam enchendo o saco dele por isso!! um dia desses tava lendo a revista do Buddy(nessa nova fase!) mas parei no meio! vou ter que ler tudo pra entender o tal de Vermelho/ verde!! Marcos Punch.

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